Um homem foi preso acusado de matar a ex-companheira para viver com o próprio genro, menor de idade. A prisão foi realizada pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) na 6ª.feira (6), no bairro Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, o crime foi cometido no fim de março, em uma área de mata de Santa Cruz. A vítima, Daniele Sanches, de 36 anos, foi atraída ao local, algemada e morta com dezenas de facadas.
Após o assassinato, o homem voltou ao local com gasolina e ateou fogo ao corpo. Ele retornou outras três vezes para tentar apagar os vestígios. A motivação foi a disputa pela guarda do filho de dois anos do casal.
Daniele havia deixado o agressor um mês antes e foi morar com a mãe, em Nova Iguaçu. A vítima chegou a avisar que entraria na Justiça para pedir a guarda definitiva do filho.
O autor conheceu o adolescente, então genro, durante o Carnaval e o levou para morar com ele. Testemunhas dizem que os dois iniciaram um relacionamento, o que teria motivado o plano para o crime.
Após a morte de Daniele, o homem ou a dizer que queria viver como uma família ao lado do genro e do filho pequeno.
Segundo os relatos, ele ainda usou o celular da vítima para enviar mensagens e despistar parentes.
Somente 40 dias depois, ao desconfiarem dos textos, familiares registraram o desaparecimento. O adolescente relatou o crime à mãe, contou sobre ameaças e ajudou nas investigações.
A Justiça emitiu mandado de prisão temporária por feminicídio. A Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso, que chocou até os investigadores.